"Ni Una Menos" é uma frase atribuída a poeta e militante mexicana Susana Chávez Castillo, que lutava contra as mortes de mulheres em seu país. Em 1995 Chávez proclamou o poema "Ni una a menos, ni una muerta más" utilizado nos protestos de rua da época. Ela se uniu ao movimento "Nuestras hijas de regreso a casa" fundado por familiares de meninas e adolescentes desaparecidas, a mesma viveu em Juarez, considerada a cidade mais violenta do México. Após anos de lutas foi assassinada em 2011 por sua denúncia sistemática as violências sofridas pelas mulheres, no entanto, seu legado deixou rastros na luta feminista da América Latina. Em 2016, Marta Montero teve a filha de 16 anos, Lucia Pérez, drogada, estupra coletivamente e morta, o ocorrido impulsionou a primeira greve nacional de mulheres na Argentina, contudo, os três homens acusados de agredir Lucia foram absolvidos de assassinato. "Ni una a menos" se tornou um grito ecoando em diversos países latino-americanos, Argentina, Chile, Uruguai, México e etc. Uma vez que feminicídios e estupros vêm crescendo em números alarmantes nos últimos anos com a crise mundial do capitalismo, pois as contradições do sistema patriarcal se tornam ainda mais tangíveis na vida cotidiana das mulheres, nesse sentido, as mesmas tem percebido que não há outra saída a não ser a luta delas mesmas se organizando através da ação direta. O movimento "Ni una a menos" renasce o legado de Susana Chávez, renasce a ideia de que é coletivamente que as mudanças chegam.

Arriba las que luchan!