O fascismo e a Social-democracia são faces da mesma moeda. O fascismo é um mecanismo da classe dominante para nos desviar do foco dos verdadeiros culpados pelas misérias que a crise cíclica do capitalismo possui, gerando intencionalmente na população a sensação de que os culpados não são os ricos, banqueiros, grandes empresários, políticos e outros poderosos, mas sim a população pobre, mulheres, imigrantes, negros entre outras minorias sociais.
Essa narrativa criada pelos detentores da mídia hegemônica precisa ser perpetuada para que os oprimidos não consigam tomar consciência de sua realidade. No Brasil isso ficou escancarado na figura de Bolsonaro com um discurso alarmista mas nada propositivo perante o caos gerado materialmente na vida da população marginalizada nos últimos anos.
A Social-democracia também tem um papel fundamental em manter o status quo na intencionalidade de trazer a falsa impressão de que os males sociais estão sendo amenizados através, mais uma vez, de figuras salvacionistas, instrumentalizando movimentos sociais potentes em agendas institucionais. Não podemos esquecer, no entanto, que no Brasil foi a Social-democracia que aumentou o lucro dos bancos, o encarceramento da população negra, sancionou a lei da alienação parental e criou a lei antiterrorismo contra movimentos radicais.
A social democracia brasileira criou a narrativa de que um operário ou uma mulher que joga com as peças da classe dominante podem ser nossos aliados, mas essa é uma conta que não fecha. Sendo os dois mecanismos da classe dominante para se manter no poder, mesmo que alguém da classe trabalhadora ocupe individualmente um cargo político burguês, este ou esta deixa de ser representante do povo pois os interesses do Estado se sobrepõem a qualquer luta emancipatória.
As únicas pessoas capazes de salvar o povo é o próprio povo, através de sua organização autônoma e independente, sem ter que defender bandidos que conseguiram sentar no maior alto escalão do poder político porque negociou nossas cabeças. Antes de tudo precisamos nos entender como classe e identificar nossos inimigos reais que estão no poder, sem ilusão de ocupar o cargo do opressor mas sim como fim último o de destruir essa forma sanguinária de sociedade chamada capitalismo.
Nóis por nóis, todo poder ao povo!!!
